sexta-feira, 9 de julho de 2010

Índice que reajusta aluguel desacelera na primeira prévia do mês, diz FGV

A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, aumentou 0,14% na primeira prévia de julho, ante variação de 2,21% no mesmo período de junho, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Nos últimos 12 meses, a variação do índice foi de 5,78%; no ano, de 5,84%. O período analisado vai do dia 21 de junho até o dia 10 de julho.


O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) registrou variação de 0,19%, na primeira leitura de julho. No mesmo período do mês de junho, a taxa foi de 3,14%. A taxa de variação do índice referente a bens finais avançou de -0,65% para 0,01%. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -2,66% para 0,37%. No estágio dos bens intermediários, a taxa de variação passou de 1,37% para 0,18%. A maior contribuição para esta desaceleração partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,58% para 0,14%.

O indicador referente a matérias-primas brutas registrou variação de 0,45%. No mês anterior, a taxa foi de 11,26%. Os itens que mais contribuíram para a trajetória de desaceleração deste grupo foram: minério de ferro (75,25% para -0,63%), leite in natura (5,46% para -3,46%) e milho (em grão) (2,20% para -1,91%). Com taxas em alta, destacam-se: cana-de-açúcar (-4,35% para 4,32%), bovinos (-0,75% para 1,35%) e café (em grão) (0,42% para 5,68%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou no período um recuo de 0,31%. No mesmo período do mês anterior, a taxa teve variação negativa 0,26%.

Apresentaram aceleração os grupos: alimentação (-1,52% para -1,16%), despesas diversas (-0,08% para 0,16%) e saúde e cuidados pessoais (0,37% para 0,39%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou, nesta leitura taxa de 0,89%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 2,18%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,61%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,89%. O índice que representa o custo da mão de obra apresentou variação de 1,17%, no primeiro decêndio de julho. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice variou 3,57%.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Kassab sanciona lei do IPTU progressivo para imóveis ociosos em São Paulo

SÃO PAULO – O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab sancionou nesta quinta-feira (1) a lei que institui o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) Progressivo no Tempo para imóveis vazios ou subutilizados nas chamadas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) da capital. A lei será publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (2).

O objetivo do IPTU Progressivo é combater a especulação imobiliária de imóveis ociosos, que ficam fechados ou subutilizados à espera de valorização ou de mudança de zoneamento, o que impede seu uso como moradia. Eles podem ter aumento gradativo de até 15% no imposto e até ser desapropriados para função social.

A maioria desses imóveis está localizada nas ZEIS 2 e 3 e na Operação Urbana Centro, áreas voltadas para habitação. Somente no centro expandido da cidade, existem 400 mil imóveis vazios.

“Foi um debate aprofundado para que o solo tenha função social, ou seja, para que o imóvel ocioso beneficie a população excluída”, declarou o autor do Projeto de Lei, o vereador José Police Neto (PSDB) quando o texto foi aprovado na Câmara, na terça-feira (29). "São Paulo será o primeiro município do País a regulamentar este instrumento previsto na Constituição Federal. Será uma forma de ter uma cidade mais justa e sustentável”.

Maior oferta

Para o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), a medida fará com que os proprietários disponibilizem seus imóveis de forma mais rápida ao mercado imobiliário, aumentando assim a oferta e unidades e, consequentemente, diminuindo o valor do aluguel.

“Muitas vezes o proprietário mantém um edifício fechado como reserva de valor, à espera de uma oferta atraente pelo prédio inteiro. O IPTU progressivo fará com que ele coloque à venda esses apartamentos e aumente a oferta de imóveis em áreas como a região central. Ali faltam bens para locação, e, com a maior disponibilidade de unidades, o preço dos aluguéis tenderia a cair”, explicou o diretor de Legislação Urbana do Secovi-SP, Eduardo Della Manna.