terça-feira, 31 de agosto de 2010
Sem teto ocupam Ministério do Planejamento por quatro horas
Cerca de 80 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Distrito Federal, que foram retirados em julho da ocupação Bela Vista, em Brazlândia (DF), ocuparam hoje (31), por quatro horas, o saguão do Ministério do Planejamento. A estimativa do número de manifestantes é da Polícia Militar.
Dentro do prédio do ministério e com faixas reivindicando o direito à moradia eles queriam negociar com a Secretaria de Patrimônio da União, do Ministério do Planejamento, a possibilidade de serem assentados em terras da União.
A ocupação de Bela Vista ficava em terras que pertencem ao Distrito Federal. Após serem retirados do local, em 16 de julho, os integrantes do movimento acamparam na Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e depois no Ministério das Cidades. Na ocasião, foram marcadas reuniões para negociar com o Governo do Distrito Federal (GDF) e a União disponibilidade de terras onde as famílias pudessem morar.
Um grupo de coordenadores do movimento foi recebido por integrantes do governo federal no início da tarde. Ao final da reunião, o secretário-adjunto da Secretaria de Patrimônio da União, Jorge Arzabe, disse que ficou acertado que amanhã um grupo da secretaria irá a Brazlândia, com representantes do movimento, para avaliar se há áreas que estão em condições de integrar programas de habitação de interesse social do governo federal.
Segundo ele, durante a reunião ficou claro que as terras não serão doadas.“Estamos buscando disponibilizar mais áreas. O movimento, assim como cooperativas existentes em todo o Brasil, vão ter que pleitear seus projetos que serão analisados pela Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades em áreas da União que serão disponibilizadas para isso. Não carimbamos terra para nenhum movimento, cooperativa ou associação”.
Um dos coordenadores do movimento, Edson Francisco da Silva, disse, no início da ocupação, que os manifestantes estavam dispostos a dormir no ministério, caso não fosse encontrada uma solução para a reivindicação e, após a reunião, afirmou que a solução foi considerada satisfatória. Ele, no entanto, afirmou que se não houver resultados efetivos o movimento fará novas ocupações. “Se o problema não for resolvido, voltaremos a ocupar prédios públicos”.
Ficou marcada para o próximo dia 9 uma reunião para discutir as alternativas levantadas pelos técnicos da Secretaria de Patrimônio da União durante a visita que fará amanhã a Brazlândia.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
CET-Rio interdita rua no centro para reintegração de posse de prédio do INSS
CET-Rio interdita rua no centro para reintegração de posse de prédio do INSS
A CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueia a rua do Riachuelo, desde as 6h desta segunda-feira, entre a avenida Gomes Freire e a rua do Lavradio, no centro do Rio de Janeiro, para permitir o acesso livre de policiais e funcionários da subprefeitura da região para uma reintegração de posse de um prédio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Não há informações de tumultos, mas o trânsito está congestionado na localidade.
Para desviar do engarrafamento, os motoristas precisam seguir pela rua Gomes Freire, que está com a mão invertida, até a altura da praça João Pessoa e entrar na Mem de Sá. Segundo o diretor de operações da CET-Rio, Joaquim Diniz, há retenção da rua do Riachuelo ao túnel Martin de Sá, próximo à praça da Apoteose (centro). Os ônibus estão sendo desviados pela rua Henrique Valadares, no final do túnel.
A previsão é que o trabalho seja finalizado apenas às 12h de hoje. Pelo menos 40 policiais militares do Batalhão da praça Tiradentes participam da operação para dar apoio preventivo.
Índice que reajusta aluguel sobe 6,99% em 12 meses, aponta FGV
A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, subiu 0,77% em agosto, ante alta de 0,15% em julho, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
No ano, a variação foi de 6,66%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 6,99%.
Construtoras investem em lojas com apartamento decorado para alavancar vendas
Cobrança judicial de condomínio recua 26% em um ano, diz Secovi-SP
Volume de ações por problemas em aluguel atinge menor nível para junho
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou alta de 1,24%. No mês anterior, a taxa foi de 0,20%.
O índice relativo aos bens finais recuou 0,15%, em agosto. Em julho, este grupo de produtos mostrou variação negativa de 0,34%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de -0,30% para 1,32%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) registrou variação de 0,40%. Em julho, a taxa foi de -0,01%.
O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,33%. Em julho, a taxa foi de 0,01%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de -0,15% para 0,48%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,41%, ante 0,01%, em julho.
No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas variou 4,44%, em agosto. No mês anterior, o índice registrou variação de 1,22%. Os principais responsáveis para a aceleração do grupo foram os itens minério de ferro (2,48% para 15,08%), soja (em grão) (3,94% para 10,55%) e milho (em grão) (-3,49% para 2,18%). No grupo registraram desacelerações em itens: aves (4,05% para 0,17%), café (em grão) (6,36% para 1,23%) e algodão (em caroço) (5,91% para 0,44%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve queda de -0,27%, em agosto. No mês anterior, a variação foi de -0,17%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: vestuário (-0,28% para -0,90%), saúde e cuidados pessoais (0,54% para 0,21%), despesas diversas (0,85% para 0,52%) e alimentação (-1,05% para -1,28%). Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: roupas (-0,29% para -1,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,78% para -0,04%), cigarro (2,68% para 0,90%) e frutas (1,33% para -3,31%).
Apresentaram alta nos preços os grupos transportes (-0,06% para 0,22%) e educação, leitura e recreação (-0,13% para 0,02%) apresentaram elevação em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: álcool combustível (-1,39% para 5,35%) e passagem aérea (-6,28% para -3,09%).
O grupo habitação repetiu, em agosto, a taxa de 0,23% apurada no mês de julho. Os destaques das variações em alta foram registrados na taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 0,67%); em queda, o item material para limpeza (0,33% para -0,32%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em agosto, variação de 0,22%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,62%. Dois dos três grupos componentes apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: materiais e equipamentos (0,53% para 0,32%) e mão de obra (0,77% para 0,06%). O grupo serviços apresentou variação de 0,60%. No mês anterior, a taxa foi de 0,27%.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
No ano, a variação foi de 6,66%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 6,99%.
Construtoras investem em lojas com apartamento decorado para alavancar vendas
Cobrança judicial de condomínio recua 26% em um ano, diz Secovi-SP
Volume de ações por problemas em aluguel atinge menor nível para junho
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou alta de 1,24%. No mês anterior, a taxa foi de 0,20%.
O índice relativo aos bens finais recuou 0,15%, em agosto. Em julho, este grupo de produtos mostrou variação negativa de 0,34%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de -0,30% para 1,32%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de bens finais (ex) registrou variação de 0,40%. Em julho, a taxa foi de -0,01%.
O índice referente ao grupo bens intermediários variou 0,33%. Em julho, a taxa foi de 0,01%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura registrou acréscimo em sua taxa de variação, que passou de -0,15% para 0,48%, sendo o principal responsável pela aceleração do grupo. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,41%, ante 0,01%, em julho.
No estágio inicial da produção, o índice de matérias-primas brutas variou 4,44%, em agosto. No mês anterior, o índice registrou variação de 1,22%. Os principais responsáveis para a aceleração do grupo foram os itens minério de ferro (2,48% para 15,08%), soja (em grão) (3,94% para 10,55%) e milho (em grão) (-3,49% para 2,18%). No grupo registraram desacelerações em itens: aves (4,05% para 0,17%), café (em grão) (6,36% para 1,23%) e algodão (em caroço) (5,91% para 0,44%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve queda de -0,27%, em agosto. No mês anterior, a variação foi de -0,17%. Quatro dos sete grupos componentes do índice apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: vestuário (-0,28% para -0,90%), saúde e cuidados pessoais (0,54% para 0,21%), despesas diversas (0,85% para 0,52%) e alimentação (-1,05% para -1,28%). Nestas classes de despesa, os destaques foram os itens: roupas (-0,29% para -1,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,78% para -0,04%), cigarro (2,68% para 0,90%) e frutas (1,33% para -3,31%).
Apresentaram alta nos preços os grupos transportes (-0,06% para 0,22%) e educação, leitura e recreação (-0,13% para 0,02%) apresentaram elevação em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: álcool combustível (-1,39% para 5,35%) e passagem aérea (-6,28% para -3,09%).
O grupo habitação repetiu, em agosto, a taxa de 0,23% apurada no mês de julho. Os destaques das variações em alta foram registrados na taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 0,67%); em queda, o item material para limpeza (0,33% para -0,32%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou, em agosto, variação de 0,22%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,62%. Dois dos três grupos componentes apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: materiais e equipamentos (0,53% para 0,32%) e mão de obra (0,77% para 0,06%). O grupo serviços apresentou variação de 0,60%. No mês anterior, a taxa foi de 0,27%.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Prefeitura investiga se fogo na favela foi ateado pelos próprios moradores
Prefeitura investiga se fogo na favela foi ateado pelos próprios moradores
Em visita à área incendiada da favela Tiquatira, no bairro da Penha, zona leste de São Paulo, o secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, Ronaldo Camargo, confirmou que a administração municipal trabalha com a hipótese de que o fogo de hoje tenha sido ateado pelos próprios moradores como forma de conseguir a inclusão em programas sociais de moradia.
Veja imagens do incêndio
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Policiais militares e mesmo homens dos bombeiros contam, pedindo para não serem identificados, que moradores relataram ter visto um grupo de pessoas provocar intencionalmente o incêndio.
O secretário, que assumiu a existência desta suspeita, disse que no último incêndio na Tiquatira, no começo de julho, habitantes que supostamente perderam suas casas na ocasião já tentaram burlar os controles oficiais, para conseguir duplicar seus benefícios, ou seja, moradores que já estavam inclusos em programas habitacionais buscavam ampliar suas gratificações.
Por conta desses episódios – e considerando o fato de que este é o 2º incêndio na favela em um mês – o secretário disse que está sendo feito um rigoroso cadastro de quem teria sido afetado pelas chamas de hoje, em levantamento que irá cruzar as listas de candidatos aos projetos de moradia do governo.
Camargo disse que nesta sexta-feira (13) 100 barracos foram destruídos pelo fogo, sendo que 80 deles já estavam vazios. No total, a prefeitura estima que 2.000 famílias moravam no complexo Tiquatira. Dessas, 300 já estão em fase de ser atendidas pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e 760 já recebem o chamado bolsa-aluguel.
Saiba mais
A reportagem do UOL Notícias percorreu algumas ruelas da favela após o trabalho de rescaldo dos bombeiros. Os próprios moradores afirmam que o clima no local é de desocupação já que a prefeitura anunciou que irá extinguir todo o complexo da Tiquatira, incluindo os moradores em programas habitacionais.
Um morador que diz estar há 12 anos na região, pedindo para não ser identificado, mostrou um documento da CDHU o convocando para comparecer ao escritório do órgão para iniciar a papelada para seu futuro apartamento. O documento foi assinado a primeira vez no dia 30 de junho. Ele, entretanto, confirmou que os moradores que não ainda foram beneficiados nem incluídos em listas oficiais estão insatisfeitos e poderiam ter tentado atear fogo criminosamente para conseguir a inclusão no programa. "Ninguém viu, mas o povo comenta. E se alguém tivesse visto, também não iria falar", disse.
Vítimas
Por volta das 20h40, cerca de dez carros do Corpo de Bombeiros ainda estavam no local do incêndio, que foi completamente extinto. Segundo o Corpo de Bombeiros, duas vítimas com ferimentos leves – uma sofreu um desmaio e a outra teve um ferimento no punho – foram encaminhadas ao pronto-socorro do Tatuapé. Nenhuma delas sofreu queimaduras.
Na favela, já é possível ver os barracos que sobraram, novamente iluminados pelos moradores que começam a voltar para suas casas após o final do fogo.
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