A inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços -- Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, desacelerou em dezembro ao subir 0,69%, ante a alta de 1,45% em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
No ano, a variação foi de 11,32%. Trata-se da maior elevação desde 2004, quando a alta ficou em 12,41%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) apresentou taxa de variação de 0,63%. No mês anterior, a taxa foi de 1,84%. O índice relativo aos bens finais retraiu 0,46%, em dezembro. Em novembro, este grupo de produtos mostrou variação de 1,34%. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos processados, cuja taxa de variação passou de 5,58% para 0,63%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice bens finais (ex) registrou variação de 0,34%. Em novembro, a taxa foi de 1,89%.
A taxa de variação do grupo bens intermediários passou de 0,76%, em novembro, para 0,83%, em dezembro. O destaque coube ao subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,92% para 1,18%.
O índice referente a matérias-primas brutas teve sua taxa de variação reduzida de 3,92% para 1,66%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: bovinos (11,42% para -1,62%), soja em grão (9,72% para 2,58%) e milho em grão (9,54% para 4,41%). Em sentido oposto, destacam-se: minério de ferro (-8,13% para -2,24%), aves (0,97% para 8,02%) e mandioca aipim (0,64% para 1,86%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de 0,92%, em dezembro, ante 0,81%, em novembro. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice registraram acréscimos em suas taxas de variação, com destaque para habitação (0,27% para 0,43%). Nesta classe de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: aluguel residencial (0,49% para 1,03%) e condomínio residencial (0,11% para 1,10%).
Também apresentaram acréscimos em suas taxas de variação os grupos: saúde e cuidados pessoais (0,19% para 0,48%), educação, leitura e recreação (0,20% para 0,42%), despesas diversas (0,25% para 0,44%) e alimentação (1,91% para 1,96%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos preços dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,35% para 0,58%), passagem aérea (-0,20% para 15%), cerveja (2,18% para 3,48%) e frutas (2,04% para 3,84%), respectivamente.
Em sentido oposto, apresentou decréscimo em sua taxa de variação o grupo transportes (0,72% para 0,57%) e vesturário (0,96% para 0,87%). Os itens que mais influenciaram a desaceleração destas classes de despesa foram: gasolina (1,59% para 0,61%) e calçados (1,17% para 0,33%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) apresentou, em dezembro, taxa de 0,59%. Em novembro, a taxa foi de 0,36%. Dois dos três grupos componentes do índice apresentaram aceleração: materiais e equipamentos (0,07% para 0,09%) e mão de obra (0,59% para 1,08%). Já o índice relativo ao grupo de serviços passou de 0,48%, no mês anterior, para 0,25% nesta apuração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário