sexta-feira, 6 de julho de 2007

Urbanismo em Fim de Linha

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URBANISMO EM FIM DE LINHA
Otília Arantes

Roteiro

Nota Introdutória à 2º Edição

01. Parte I

01.1 O Envelhecimento do Novo
01.2 Arquitetura no Presente: Uma Questão de História?
01.3 A Sobrevivência da Arquitetura Moderna Segundo Jürgen Habermas
01.4 Arquitetura Nova Antigamente: O que Fazer?
01.5 Do Universalismo Moderno ao Regionalismo Pós-critico

02. Parte II

02.1 Urbanismo em Fim de Linha
02.2 Cultura da Cidade: Animação sem Frase

03. Apêndices

03.1 Minimalismo ou Anacronismo?
03.2 Pobre Cidade Grande

03.1 Posfácio: Nem Arquitetura nem Cidades – Luiz Recamán


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01.1 O Envelhecimento do Novo


No capitulo que abre as primeiras idéias da autora poderemos encontrar uma forte reflexão quanto ao tema vanguarda. A autora parte do principio, para o desenvolver desse presente livro, de que o novo, como mola propulsora das vanguardas artísticas, vem acompanhado de uma reflexão que os ditos modernos tem como pressuposto para sua composição de idéias que assim observadas através do tempo, da historia e sob influencia coercitiva do capitalismo se tem “a valorização modernista do transitório, do efêmero, do fugaz, do dinamismo enquanto fim em si mesmo, acabou transformando o futuro, do qual emergia o novo, num valor cotado em bolsa, num bem de consumo descartável etc”.
A autenticidade da Arte moderna era pautada pela busca incessante do novo, até a sua dissolução final na pura novidade pós moderna. O recente capitulo começa com a exposição da obra do artista plástico Marcel Duchamp, O grande Vidro, ou “A Noiva Posta a Nu por Seus Celibatários, Mesmo”, datado de 1915-23. No decorrer da explanação das primeiras idéias o que vemos é a anexação clara aos conceitos da Escola de Frankfurt que, como expoente primeiro, é citado Habermas. Essa constatação vem acompanhada do desenvolver da idéia de que a atual sociedade perdeu-se em significado quanto trabalho. O que vemos é a demonstração que não existe um fim lógico para a realização da arquitetura racional ou que, no mínimo, exista um descompasso entre a realidade utópica dos idealizadores da arquitetura moderna estudada e pensada pelo expoente Le Combusier. Que, entre outros pontos, imaginava racionalizar o espaço através da arquitetura para que assim pudesse atingir a plenitude racional e impedir contra tempos como revoluções ou qualquer outro pensar que não estivesse em compasso com as novas diretrizes que a industria trazia. Esse antagonismo de idéias e projeções de interesses é identificado no livro como um paradigma onde a própria sociedade do trabalho cujo ponto de referencia na realidade se perdeu.
E isso numa era de debilitação radical do sujeito outrora consistente dos tempos do capitalismo liberal e do romance realista. Deu-se então a conexão inesperada: a desestatização da Arte, projetada pelas vanguardas, na esteira da qual dar-se-ia a reapropriação da existência alienada, culminando numa estatização da vida.
“A esfera artística tornou-se o teatro de uma revolução frívola que já não incomoda ninguém: muita ênfase teórica, poucas rupturas efetivas” – Lipovetsky




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